sábado, 6 de dezembro de 2008
Mônica Salmaso & Pau Brasil em concerto com a OSESP
http://www.salasaopaulo.art.br/
Fonte: http://www.osesp.art.br/novo/estatico/programacao_temporada20.html
Mônica Salmaso fala sobre a turnê européia à Rádio Nederland Wereldomroep: leia e ouça!
Mônica Salmaso diz ter um carinho especial por Amsterdã. Durante show na capital holandesa, ela contou que seu marido se encontrava nessa cidade quando telefonou para ele para dizer que estava grávida. A apresentação da cantora paulista no Tropentheater encerrou sua mais recente turnê pela Europa. Mônica cantou ao lado de Toninho Ferragutti no acordeon e de Teco Cardoso no sax soprano e flauta. Os cerca de 200 espectadores que compareceram à belíssima sala de espetáculos foram testemunhas da simpatia de uma cantora de voz doce e firme e, ao mesmo tempo, com grande presença de palco."Gosto muito de fazer turnê pela Europa. Acho que não só a música brasileira, mas tudo o que vem do Brasil tem uma recepção muito bonita aqui", acredita Mônica.A cantora paulista apresentou um repertório variado que incluiu, além de músicas brasileiras, canções de compositores latino-americanos e até um fado português.Especial"Foi um prazer vê-la ao vivo. O repertório também foi uma surpresa e a receptividade do público holandês foi muito especial. Isso não é qualquer artista que consegue", comenta a curitibana Mariana da Costa, uma das espectadoras.Apesar da presença de brasileiros em seus shows no exterior, Mônica é consciente de que a maior parte do seu público é formada por europeus e, por isso, teve a preocupação de explicar, em inglês, o significado das letras das músicas que cantou."Eu vejo muito mais europeus do que brasileiros nos nossos shows [na Europa]. E vejo também que são europeus interessados na cultura brasileira, não na música de sucesso radiofônico. Gente que começou a aprender português porque gosta do Chico Buarque e quer conhecer as letras", comenta a cantora.Com cinco CDs gravados e mais de 20 anos de carreia, Mônica Salmaso acaba de finalizar, no Brasil, a turnê de seu último trabalho, o álbum "Noites de Gala, Samba na Rua", composto apenas por músicas de Chico Buarque.Chico BuarqueO desafio de gravar um CD só com canções de um de seus dois compositores favoritos -o outro é Dorival Caymmi- foi aceito pela cantora depois que o próprio Chico Buarque a convidou para cantar a música "Imagina" em seu último CD."Foi muito legal gravar com o Chico. Eu dei um berro quando ele me convidou, fiquei muito feliz. Essa música é linda de morrer. Foi um presentão para mim", relembra sorridente.Apesar de ter gravado músicas de Chico Buarque, a carreira de Mônica Salmaso é marcada por um repertório desconhecido do grande público. Além de escolher obras de compositores menos famosos, ela também costuma optar por canções menos consagradas de artistas ilustres."Faço esse caminho a bastante tempo. Fico contente quando recebo algum elogio por parte da imprensa ou um prêmio, mas a minha única preocupação é com a qualidade do que eu faço e de dar um sentindo ao que faço. Não faço uma coisa aleatória ou para fazer sucesso. Percorro um caminho que corresponde ao desenvolvimento de uma carreira e essa é minha única preocupação", explica.Apontada pela crítica brasileira como umas das grandes revelações da MPB nos últimos anos, Mônica Salmaso acredita que existe uma geração de músicos ainda mais jovens do que ela e que estão se interessando pela cultura brasileira."Em um certo sentido, a MPB se estagnou em alguns grandes nomes. Nomes que, inclusive, carregam a música brasileira para fora do Brasil. Mas acho que existe uma juventude que está olhando para coisas que vieram antes da produção musical desses nomes da MPB. Tem gente muita boa compondo e, principalmente, tocando e que vem se alimentando de uma música bem brasileira", analisa Mônica.
Turnê Noites de Gala, Samba na Rua - Edição SÃO CARLOS
Nos dia 18 e 19 deste , apresentou-se Mônica Salmaso em parceria com o quinteto Pau Brasil em seu último show da turnê Noites de gala, samba na rua, no Teatro Municipal de São Carlos, mais recente obra abandonada/concluída da cidade.
domingo, 26 de outubro de 2008
Turnê Européia
TONINHO FERRAGUTTI – acordeon/accordion
TECO CARDOSO – sax soprano e flautas/flutes
De 28 de outubro a 09 de novembro, Mônica Salmaso, junto a Toninho Ferragutti e Teco Cardoso, vão à Europa numa turnê especial. A seguir, Mônica e Teco retornam ao Brasil para o final da turnê do show Noites de Gala, Samba na Rua.
Confira o roteiro da turnê européia:
28 de outubro - SAN SEBASTIAN/Spain
29 de outubro DORTMUND/Germany
31 de outubro OSNABRÜCK/Germany
01 de Novembro FERRARA/Italy
02 de Novembro MURI(Aargau)/Switzerland
03 de Novembro SCHWAZ/Austria
04 de Novembro LJUBLJANA/Slovenia
06 de Novembro ANTWERP/Belgium
07 de Novembro UTRECHT/Netherlands
08 de Novembro ROTTERDAM/Netherlands
09 de Novembro AMSTERDAM/Netherlands
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Turnê Noites de Gala, Samba na Rua - Edição CAMPO GRANDE (MS)
Maravilhoso!
Foi Maravilhoso!!!Pau Brasil e Mônica Salmaso fizeram uma "dupla" perfeita!!!!! Que "gostoso" ver e ouvir os instrumentistas....Música de qualidade.....Canções lindíssimas do Chico interpretadas por uma voz forte...( seria esse o termo???) e ao mesmo tempo tão doce! Me emocionei quando ouvi a música Você Você.....Beatriz.....enfim!!!Fora a simpatia da Mônica....Sou mais uma fã!!!!Beijo a todos!
Robson
O Show foi fantástico!Confesso que por ser um estado onde a Mônica é pouco conhecida, espera um público bem menor no show... ela mesma se surpreendeu com a quantidade de pessoas que encheu teatro.Duas noites que com certeza se tornaram inesquecíveis para os que puderam prestigiar a penúltina cidade visitada nesta turnê...Quem foi como convidado, sem conhecer Salmaso, acabou se encantando seja pela voz ou pela beleza e simplicidade de seu trabalho.E o Pau Brasil? DivinoUm Show memorável.... indizível!
♫♪♫Karol
Show em Campo Grande MS
Foi simplesmente M A R A V I L H O S O !!!!!!!!!!!!!!!!!!!Ela é uma cantora impecável, e uma pessoa muito humilde e bacana....E a banda??? Fala sério, os caras arrasaram como sempre.Ambiente gostoso, repertório maravilhoso... Tudo de bom!!!!! :)
Fonte: http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=80056&tid=5257634166152421513&start=1
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Turnê Noites de gala, samba na rua vai chegando ao fim com sucesso de público e crítica.
Turnê Noites de gala, samba na rua - Edição RIO DE JANEIRO
domingo, 5 de outubro de 2008
Turnê Noites de Gala, Samba na Rua - Edição SÃO PAULO
"Quarta-feira chuvosa, o trânsito que o paulistano conhece, eu e Glória meio perdidas na tentativa de chegar ao teatro FECAP, onde a “culpada” dessa história, a minha amiga Custódia, nos esperava na porta, toda ansiosa para assistir (ela pela xistésima vez) o show da Mônica Salmaso.
Chegamos em cima da hora, entramos e sentamos. Sim, na primeira fila, bem na frente do palco. Afinal, minha amiga parece que foi a primeira a comprar os tão disputados ingressos.
O show começa, um sorriso entra no palco e se põe a cantar. Mônica, figura ao mesmo tempo frágil e forte, pura simpatia, e dona de uma voz, que voz!
Ela saltita, faz uma ou outra percussão, flutua de um lado para o outro do palco, numa generosa parceria com os músicos que a acompanham. Esses, o grupo Pau Brasil, são um presente à parte. Excepcionais é o mínimo.
E as músicas do Chico se sucedem, ainda mais belas na sua voz. A volta do malandro, Construção, Morena dos olhos d’água e tantas outras maravilhas. Quase ao final, para coroar essa noite incrível, Beatriz. Pura emoção!
Valeu a chuva e o trânsito, porque eu, finalmente, descobri Mônica Salmaso, uma moça de bom gosto que sabe cantar como poucos e encantar como ninguém. Adorei!
Só me resta, portanto, dizer à Custódia: Obrigada, minha amiga! Muito obrigada! Quando é o próximo?".
“Show na sexta...
Foi minha primeira vez..sempre gostei de Monica, mas nunca tinha ido!
Pessoas, foi simplesmente lindo! Perfeito! Uma voz tãoo gostosa, leve!
E o Pau-Brasil? O que é aquilo?? Quanta maestria!”.
Fonte:http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=80056&tid=5246210433754991832&na=3&nst=61&nid=80056-5246210433754991832-5252908838980029656
Tamires
“Quinta foi...
Absurdamente DELICIOSO!
E sabe qual a melhor parte? Sábado tem mais!!
Como a Custódia falou... o povo demora um pouco para aplaudir mesmo, mas como alguém colocou em cima, é por que todos ficam em transe.
As lembranças? Mãos roxas, voz rouca.... E um sentimento que transborda...
Minha mãe nunca tinha visto Mônica ao vivo, só o dvd que ela já amava.
Ela enlouqueceu com o show, não falamos de outra coisa, é Mônica, Pau Brasil, Mônica, Pau Brasil...
E sábado, vou levar três convidados e torcer para que enlouqueçam também, dois deles não conhecem o trabalho da Mônica, uma eu já presenteei com um cd e ela gostou, mas pertinho assim ela nunca viu.
Quinta já dei uma de Tiete e sábado lá vou eu de novo... pedir autógrafos, tirar fotinhos....
Por que depois vou ficar com saudades já que eles vão estar em turnê pela Europa... Vou ficar na torcida.
E que venha sábado....”.
Fonte:http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=80056&tid=5246210433754991832&na=3&nst=61&nid=80056-5246210433754991832-5252908838980029656
Custódia
“Beem depois do show, quando já não havia muitas pessoas prá falar com a Mônica, veio uma moça bonita, alta, com as mãos enroscadinhas na roupa, bem junto do peito, a cabeça inclinada para a direita. Chegou bem perto da Mônica e disse uma coisa que achei das mais lindas:
Eu posso morar nessa voz? Eu queria morar aí... Você deixa eu morar na sua voz? Ela é tão linda..... você deixa?
Ela disse mais, mas não consigo lembrar do resto. Não estava tão perto, mas acabei comungando aquele momento delas duas.
Eu não sei quem é essa moça, mas não me importo. Só achei bonito demais”.
Fonte:http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=80056&tid=5246210433754991832&na=2&nst=63
“Meu Deus ....Que show maravilhoso ... estou até agora com a alma aveludada!Ela é uma PÉROLA !Você, Você ME FEZ CHORAR! Ainda mais depois da história que ela contou, eu não sabia que o Chico escreveu essa música com esse significado. Foi emocionante demais ... Virou assim de repente uma das músicas mais lindas pra mim até hj. Que interpretação, que voz, que CARISMA, interação com o público como se estivessemos todos na sala da casa dela, e ela e o Pau Brasil nos mostrando o seu trabalho ... Digno de aplausos infinitos .... aliás, eu começava a aplaudir e nao queria mais parar, era um dos últimos a parar de aplaudir ... Em algum momento, pensei que eu assistiria aquele show repetidamente até amanhecer .... a noite foi um sonho.Falei com ela ... e aí que aumentou ainda mais minha emoção e a convicção que serei um ETERNO Fã.Pau Brasil é tudo de bom !!!!Uma NOITE DE GALA, samba na rua ... na alma!Morena dos olhos d'agua ja era especial pra mim, agora ao lado de Voce Voce, mantem o pódio das músicas que marcam uma época em minha vida ! Época de ouro, onde tive o prazer imensurável de ter presenciado esse show ... e realizado um sonho.To aqui, ouvindo o CD, e pensando quando será a próxima oportunidade que terei de assisti-los novamente ...aliás, to querendo ouvir tudo ao mesmo tempo.Tudo PERFEITO!Valeuuuuuuuuuu".
Assunção Costa
"Fui carinhosamente convidada para assistir o show da Mônica Salmaso e para meu espanto não sabia quem era. (quanta ignorância e quanto tempo perdido......meu, é claro!)
Mas rapidamente topei e fui procurar na internet quem era a Mônica. Foi com espanto que me deparei com alguns videos e fui me deslumbrando com a voz maravilhosa da cantora.
Finalmente chegou o GRANDE dia e pude enfim, na última 6ª feira assistir - e na 1ª fila - o maravilhoso show da Mônica Salmaso, acompanhada do Grupo Pau Brasil.
Tenho certeza de que não retribui à altura o convite, pois estava meio que em estado de choque e tentando processar o que tinha acabado de assistir.
Mas aqui vai, não apenas meu agradecimento para a Custódia, que me convidou, como também minha manifestação de alegria e prazer ao "descobrir" tão bela cantora.
Beleza física, beleza de voz aveludada e melodiosa!!!!
A tranquilidade, a segurança no palco e a colocação da voz são PERFEITAS!!!
E a simplicidade e simpatia? Contagiantes!!!!!!!
Parabéns Mônica e parabéns também ao Grupo Pau Brasil que juntos estão arrasando.
Continuem firmes e com a mesma simpatia e simplicidade, mas acima de tudo com o IMENSO bom gosto na escolha do repertório."
(Ah, e feliz é também o Teco, que não é bobo nem nada... rsrsrsrsrsrsrsrs).
Que escrever sobre a temporada no Fecap? Que teve casa lotadaça nos cinco dias, com filas de espera beeem grandes, e que os ingressos voaram feito abelha no mel? Que o show foi recomendado pela Veja São Paulo (de novo), que é tipo assim uma bíblia dos espetáculos da cidade? Que Mônica cantou e encantou, e arrebatou a platéia? Que ela está mais e mais leve e solta no palco? Que ela parecia uma moleca, com formiguinhas nos pés, tão serelepe estava? Que a danada estava uma graça? Que ela não se atrapalha com imprevistos. Que ainda tira um sarro e não perde a pose? Que andou “fazendo lançamento ” do Théo pro mundo, e ainda no outro dia repete a piada e morre de rir? Que dá cada vez mais vontade de levá-la prá nossa casa, ou então de irmos embora prá casa dela? Que o rosto dela se transforma em cada canção? Que quando ela canta Beatriz não há respiração que seu ouça no teatro inteiro?Que o sorriso é dos mais encantadores do mundo? Que a voz dela não tem realmente prá ninguém? Que tudo o que a gente desejava era que o espetáculo fosse noite adentro? Que ela esteve numa felicidade só? E que a fila das pessoas após o show aumenta mais e mais, querendo um autógrafo, uma foto, uma palavra, um abraço? Que mesmo quando o show acaba não dá vontade de ir embora? Que a vontade nossa de aplaudir é irresistível? Que ao final não há uma só face que não se ilumine com um sorriso? Que a simpatia, a humildade, a gentileza continuam de mãos dadas com ela? Que mais posso escrever?
E que falar daqueles capetas do Pau Brasil? Que estão mais e mais generosos com seus parceiros? Que se respeitam até o último gole? Que estão cada vez mais engraçados e divertidos? Que tocam aqueles instrumentos de olhos fechados? Que sabem tuuuuudo de música? Que têm uma postura prá lá de elegante no palco? Que são extremamente gentis e carinhosos com as pessoas? Que são, como já se disse, excepcionais? Que mais?
Dá prá escrever, sim, sobre a receptividade das pessoas, pelo menos daquelas que conheço e que foram, ou por vontade própria, ou pela minha sugestão, até o Fecap. De todas, só ouvi elogios maravilhosos, e ganhei muitos obrigadas. No derradeiro dia, meu “ônibus” comportava vinte e uma pessoas, aí me incluindo. O mais legal de tudo isso, eu acho, é ouvir as pessoas falarem: quando é que vai ter outro show, ou: quando tiver outro você me avisa, ou ainda, eu venho de novo e vou trazer meus amigos. Isso é a melhor recompensa que se pode ter, é a sensação de objetivo alcançado, que é o de pura e simplesmente divulgar um trabalho tão belo, tão divino.
Como já disseram, eu vi o espetáculo pela xistésima vez. No Fecap, minha bengala até já sabe ir sozinha. Me esbaldei em Ribeirão Preto e fiz um belo bate-e-volta pro Rio. E agora, tem a chance de São Carlos. Se fosse Araraquara, Bauru, Marília, eu não ia me mexer. Mas em São Carlos tem um agravante: lá, eu tenho casa e comida... roupa lavada não, porque não precisa. E já sinalizaram com um “é claro que você vem prá cá... “ Então, quem sabe?
Hoje, segunda-feira, foi barra retomar a rotina. Dormi muuuito, acordava, pensando que à noite teria show de novo. Até a ficha cair... A chuva se esbaldava sobre a cidade. Mandei meu compromisso matutino às favas, e fiquei na minha. Depois, não matei a família, mas fui ao cinema. Minha sorte foi que o filme era belíssimo. Felizmente, ganhei o dia. Então, tá".
Que show!
A simplicidade deste conjunto de estrelas, a cumplicidade , a troca de olhares carinhosos de um para o outro, em pleno gozo da arte, me encantaram.
Fico com Mônica na imaginação, não só como uma grande cantora, mas também como uma grande mulher.
A perfeita integração existente no grupo me confirma: Monica Salmaso e Pau Brasil formam um só corpo orgânico. Não consigo ver um sem o outro.
Resumindo: foi um verdadeiro orgasmo!".
Carlos
Tamires
E ah, dos meus três convidados de sábado... os três adoraram, e uma, virou fã de carteirinha..."
DVD Noites de Gala é sucesso!!!
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Lançamento oficial do DVD
Ontem à noite assistimos este show, um dos melhores que já vi em toda minha vida. As gravações das 15 músicas que compõem o repertório do quinto CD da carreira da cantora fazem jus à emoção provocada pelas versões originais, não deixando qualquer rastro saudosista. Em um trabalho cuidadosamente planejado, Mônica Salmaso e o Grupo Pau Brasil, responsável pelos arranjos, cumprem a difícil tarefa de interpretar Chico Buarque, evitando a recorrente comparação com as versões originais. Com arranjos que exploram toda a riqueza da MPB e a interpretação única da cantora, as canções assumem nova personalidade sem deixar para trás seu DNA de origem. De forma brilhante, a releitura deste projeto musical deixa em patamar de igualdade as versões originiais e os arranjos atuais, não havendo disputa entre o passado e o presente. Cada versão mantém a sua força, ocupando espaços iguais para quem ama Chico Buarque.
Mônica Salmaso simplesmente arrasa quando solta sua forte voz no palco. Intérprete de múltiplas facetas, a cantora entra no espírito de cada uma das canções e transmite forte emoção ao mudar até mesmo sua fisionomia e postura corporal de acordo com a música. Graciosa e bastante à vontade no palco, samba solto tocando seu pandeiro ao interpretar Bom Tempo, da mesma forma em que franze seu rosto e assume uma fisionomia constrita na música construção. Aliás, o arranjo do Pau Brasil para Construção merece especial atenção. Uma releitura harmonicamente perfeita e totalmente inovadora que transmite como nenhuma outra gravação a intensidade desta canção. Ciranda da Bailarina, gravado originalmente por um coro infantil em 1983 para o musical O grande Circo Mistico, ganha a leveza que merecia nos acordes suaves da cantora. O ponto alto do show fica por conta da tocante interpretação de Beatriz, um duo com o pianista Nelson Ayres (responsável pela revelação de Mônica no início de sua carreira) que, segundo Teco Cardoso, marido da cantora, levou o público às lágrimas em todos os shows da Turnê.
Com uma produção impecável, desde a qualidade do som até o sensível trabalho de iluminação que nos leva ao clima das musicas, o show é simplesmente fantástico. Uma demonstração do profissionalismo que mantém, merecidamente, Mônica Salmaso entre os nomes da MPB com maior projeção no exterior.
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Mônica Salmaso no Projeto Pixinguinha
Na segunda, 29 de setembro, as apresentações de Mônica Salmaso, Marianna Leporace, Cida Moreira, Carmélia Alves, Vesper Vocal, Aquattro e Selma Reis, Andréa dos Guimarães (Conversa Ribeira) e Rita Ribeiro reunidas no programa As Cantoras.
Na quarta, 1° de outubro, Os Clássicos reúne Eduardo Neves e Paulinho Moska, Babilak Bah e Eduardo Dussek, Seu Luiz Paixão, Mônica Salmaso, Paulo Padilha e Monarco, Tantinho da Mangueira e Rita Ribeiro, Yamandu e Sons do Cerrado.
Às 20 h
Na TV BRASIL
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Mônica Salmaso numa Conversa Afinada
Durante a minissérie musical, Mônica Salmaso fala sobre o duo de voz e acordeom que faz com o compositor e instrumentista Toninho Ferragutti; e interpreta as canções: Dominguinhos no parque (Toninho Ferragutti), A santinha lá da serra (Moacir Moraes / Vinícius de Moraes), Véspera de Natal (Adoniram Barbosa), Recenseamento no morro (Assis Valente), Vingança (Francisco Matoso / José Maria de Abreu), Casamiento de negros (Domínio público – adaptação de Violeta Parra), Avesso (Alice Ruiz / Ceumar), Violeira (Tom Jobim / Chico Buarque) e Baião de quatro toques (Zé Miguel Wisnik / Luiz Tatit).
No Rio de Janeiro, a TVE está no canal 2 da TV aberta, UHF 32 e NET 18. Em todo o Brasil o sinal é transmitido em circuito fechado pelos sistemas de TV por assinatura da SKY (canal 94) e da NET (em alguns municípios). O sinal da TVE enviado por satélite não está codificado e pode ser recebido pelas antenas parabólicas no canal 3, freqüência 3760.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Três é demais!!!
Quer saber o que a Mônica faz quando não está cantando? Ela está cantando! É isso mesmo: a Mônica, desde sempre, faz parte de diversos projetos paralelos à sua carreira. E, por vezes, estes projetos direcionam novos e bons caminhos. Já vimos as seguintes formações de sucesso no decorrer da vida da mesma:
Mônica Salmaso + Paulo Bellinati;
Mônica Salmaso + Benjamin Taubkin;
Mônica Salmaso + André Mehmari;
Mônica Salmaso + Toninho Ferragutti;
Mônica Salmaso + Orquestra Popular de Câmara de São Paulo;
Mônica Salmaso + Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo;
Mônica Salmaso + Pau Brasil.
Fora os projetos paralelos, Mônica ainda arranja tempo para fazer participações especiais em shows de outros artistas. É interessante como, da sua própria generosidade (que não é mais novidade), surgem coisas bacanas para que ela siga sempre à diante e cada vez melhor. O mais recente encontro de sucesso deu-se no dia 27 de agosto de 2008, quando juntou-se à Ceumar e ao Lui Coimbra no lançamento do CD solo deste.
Pra quem quiser conferir: http://www.youtube.com/watch?v=vgumW1mtwbw?v=vgumW1mtwbw
Tava certo quem disse que três é demais. Realmente, três é demais: "Demais da conta".
E viva à boa música brasileira!!!
Fonte da imagem: http://www.circusproducoes.com.br/blog/
terça-feira, 19 de agosto de 2008
CURIOSIDADES...
Fonte: http://www.opovo.com.br/opovo/colunas/soniapinheiro/780388.html
sábado, 16 de agosto de 2008
"É DOCE MORRER NO MAR", bem como É DOCE OUVIR A MÔNICA CANTAR.
Parte I – Mônica cita Caymmi:
Em entrevista ao site gafieiras (em 2003) a Mônica dissera sobre suas influências musicais:
“Na casa dos meus pais tinha uns vinis de MPB que eu gostava (...)
Tinha um disco importante: um do Dorival Caymmi que era furado porque eu ouvia muito (...). Era um disco cor-de-rosa, não sei que nome ele tem. Ele é branco com cor-de-rosa. Quase tudo ele cantando sozinho. E tem ele e a Nana cantando “Acalanto”, que é trash!. É muito lindo e eu ouvia muito. Então isso eu ouvia e cantava junto. Eu via shows, eu achava bonito, colorido também, mas muito distante. Eu não sabia o que era, o que poderia ser cantora, não tinha nenhuma referência...”.
Fonte: http://www.gafieiras.com.br/Display.php?Area=Entrevistas&SubArea=EntrevistasAllPartes&ID=22&IDArtista=21&css=2
Parte II- Mônica grava Caymmi:
Mônica Salmaso tem um total de seis CDs lançados em sua discografia e, em quatro deles, ela incluiu Caymmi no seu set list. Com efeito, vale ressaltar, que certamente só não o pôs nos outros dois, porque eram projetos voltados para Vinícius e Baden Powell (o Afro-sambas) e Chico Buarque (o Noites de Gala, Samba na Rua), caso contrário...
A seguir os CDs gravados pela Mônica que possuem canções do Caymmi:
CD Voadeira- Mônica gravou “O vento”;
CD Iaiá- Mônica gravou “É doce morrer no mar”;
CD Nem 1 Ai – Mônica gravou “Lenda do Abaeté”.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Turnê Noites de Gala, Samba na Rua - Edição RIBEIRÃO PRETO
O teatro de Ribeirão Preto é belíssimo, enooooorme, com aquele teto envidraçado, que dá a impressão ora de pássaros, ora de anjos esvoaçando pelo espaço.
E a gente chegou cedo, prá preparar a alma. Olhava prá trás e as pessoas chegando aos poucos. O horário se aproximando, e minha amiga Inês me olha, preocupada: acho que não vai encher não, já tá quase na hora... Onde é que estão as pessoas? Eu falava: calma, eu confio no meu taco...
De repente eu falei: olha prá trás... Foi chegando aquele povo todo, tomando os lugares nas galerias e nas frisas... Não se viu mais um só lugarzinho vazio...
E aí tudo começou (prá mim, de novo, porque foi minha décima quinta vez, mas com emoção de primeira...). É sempre assim: não dá prá descrever o que a gente sente. Primeiros acordes. A Mônica entra, e parece que o mundo pára. Os ouvidos se abrem, e é como se amolecessem, entorpecidos pela beleza, pelo encantamento da hora.
E tudo ali vai deslizando com muita graça e respeito. A volta do malandro, me parece, é um convite prá sair bailando, com o pensamento na ponta dos pés. Depois, em Quem te viu, quem te vê, vem a imagem do Chico à cabeça, prá em seguida a gente se voltar prá ela de novo. É impossível não olhar prá Mônica enquanto ela canta. Eu já tentei, não consegui ...
Ciranda da bailarina é um chamado ao brincar, a, enfim, soltar as últimas amarras da tensão inicial que de todo mundo se apodera. É um momento por demais encantador. E é o meu momento de berrar “Que lindoooooo!” depois da última nota naquela caixinha mágica que ela tem nas mãos. (É esse um segredo nosso que agora compartilho: foi a maneira que encontrei de dizer prá ela que estou por ali...).
Particularmente, me senti meio “maestro”, regendo aquele monte de mãos na hora dos aplausos. É mais ou menos assim. Tudo termina de maneira tão suave, tão delicada, que as pessoas parecem ter medo de aplaudir. Vai que ainda não acabou, né? E é tão angustiante aquele segundo entre a última nota e o tempo de a ficha do público cair, que eu, por várias vezes, tratei de fazer a minha parte antes dos outros. Eu de bom grado passaria essa bolinha prá outras pessoas, e fico bem feliz quando a platéia é barulhenta como eu.
Construção é bem assim: a gente fica hipnotizado olhando pras mãos da Mônica batendo naquele tambor (é, acho que é tambor), porque é como se a consciência da música por ali desse seus ares.
O velho Francisco (não, não vou falar de todas, e nem sei se estou em seqüência, não decoro nada, e prá cada apresentação, faço um “delete” na memória), faz a gente, não sei por que, sentir vontade de chorar.
Bom tempo é de uma gentileza, é de uma vontade de pedir licença e embarcar naquele domingo de sol, vontade de ouvir o radinho, vontade de falar pro cara de como ele é sortudo e feliz...
E antes vem aqueles caras do Pau Brasil arrebentando com o Pulo do Gato, e a gente acaba nem acreditando naquilo que vê e ouve, parecem uns diabinhos fazendo arte, tão à vontade, tão senhores dos seus instrumentos ...
E quando Mônica foi falar do grupo, entre outras, disse: Eles tão carecas de saber do meu jeito de cantar... Todo mundo caiu na risada, e acho que ela nem percebeu porque tava todo mundo rindo. Afinal, só quem tem cabelo total lá é o Rodolfo, né?
E tão inebriada fiquei ouvindo pela primeira vez Flor da Idade, tão linda, tão Chico Buarque... tão Mônica....
Já tô carequinha de ouvi-la contar a historinha da ode aos ratos, mas todas as vezes me arrebento de tanto rir.
“Terminar” com Partido Alto é um tiro tão certeiro, tão “na mosca”, tão prá cima, já deixa todo mundo tão feliz que, quando voltam prá Beatriz, as pessoas, boquiabertas, se entregam junto com ela naquela interpretação magistral. Aliás, tem uma historinha bem legal aqui. Quando Mônica e Nelson voltaram prá Beatriz, um afoito lá de cima soltou: Beatriz! Ao que outro cá de baixo devolveu: Nããão! É Mônicaaaaa! Muuuito lindo!
E vai me dando uma vontade de chorar antes de começarem a Moda. Porque foi lindo, porque eu vi de novo, porque logo vai acabar, porque a saudade já de pronto se anuncia.
E depois teve o encontro no camarim, que esse eu não conto não, vou guardar só prá mim.
Acho que posso afirmar que esse espetáculo de Ribeirão foi o mais lindo que assisti, pelo teatro em si, e também pela quantidade de pessoas presentes. Pela alegria e assombro estampada no rosto delas E também por tudo o que significou prá nós. Pegar mais de quatro horas de busão (sem contar a história da compra dos ingressos), deixar criança em hotel, se matar de comer provolone a milanesa mais o chope do Pinguim, ouvir a Mônica me chamar de maluca, louca, doida (se existir Céu como dizem que existe, esse é um momento que quero levar comigo), e agora ver minha amiga Inês “amaluquecida” pelo show e já de quatro pela Mônica, jurando fazer agora o caminho inverso, prá ver o show aqui em Sampa.
Setembro é um mês divino, lindo mesmo, mas pela primeira vez eu gostaria que ele desse um jeito de sumir do calendário. Prá chegar logo o outubro, e eu assistir de novo lá no Fecap. Pela décima sexta vez.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Encontre cifras
Acesse o site: http://www.cifras.com.br/monica-salmaso/
Fonte da imagem: http://www.cifras.com.br/monica-salmaso/
Encontre letras
Link: http://letras.terra.com.br/monica-salmaso/
sábado, 26 de julho de 2008
A voz que nos faz madrugar: Mônica Salmaso no Som Brasil.
Fonte da imagem: http://sombrasil.globo.com/
DVD é produto em destaque no site da Biscoito Fino.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
SOM BRASIL com MÔNICA SALMASO: é amanhã!!!
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Mônica Salmaso lança pela Biscoito Fino o DVD Noites de Gala, Samba na Rua , só com músicas de Chico Buarque.
Fonte: http://www.biscoitofino.com.br/bf/cat_produto_cada.php?id=388
sexta-feira, 18 de julho de 2008
DVD Noites de Gala, Samba na Rua: quentinho - direto do forno!!!
quarta-feira, 16 de julho de 2008
CDs NEM 1 AI & NOITES DE GALA, SAMBA NA RUA: um é sucesso... e o outro: também.
Mônica Salmaso constrói sua carreira de maneira íntegra e sólida: sua voz afinadíssima faz par com repertório cuidadosamente selecionado e músicos de grande valor. A cantora procura sempre a perfeição. Sua voz é certeira, a interpretação carrega na sensibilidade e os arranjos são cuidadosamente lapidados para esses encontros . Mais um exemplo desse processo artesanal e pouco convencional de trabalho está em Nem 1 ai, gravado em 2000 e só agora editado em CD pela Biscoito Fino.
Em busca da emissão perfeita e da nota cuidadosamente afinada, Mônica segue um caminho que não é nada fácil. Um show seu é como um concerto de música popular. Seus discos são gravados em laboratórios, em que os músicos e a cantora se juntam em uma incansável viagem que busca os elementos perfeitos para a fórmula funcionar. Nesse ambiente de limpeza perfeita, às vezes a emoção da cantora fica em segundo plano em prol da técnica. Essa assepsia não pode (melhor, não poderia) ser confundida com frieza.
Mesmo em um caminho não convencional Mônica Salmaso vem aumentando seu alcance aos poucos, construindo uma relação sólida e consistente com o público. Não é o trajeto mais fácil, mas traz a certeza e a confiança do que é verdadeiro quando toca fundo no sentimento das pessoas. Quem se identificar com sua arte vai ser fiel a cantora que não faz concessões.
Em 2007 Mônica lançou seu melhor trabalho, o disco mais quente de sua carreira. Dividindo com o excelente grupo Pau Brasil (que merece no mínimo 50% do mérito), a cantora interpretou composições de Chico Buarque em Noites de gala, samba na rua. As releituras agradaram tanto que até o próprio homenageado se encantou, convidando Mônica para dividir com ele o palco do Circo Voador.
Nesse sentido Nem 1 ai não alça vôos mais altos. Os elementos que fizeram Mônica chegar até aqui já estão todos nesse álbum, gravado há oito anos. O repertório foge do óbvio e prima belo bom gosto, excelentes músicos fazem par com a cantora em arranjos tão bonitos quanto sofisticados. Mas não chega a superar os dois últimos trabalhos assinados por ela.
Uma das mais louváveis características de Mônica Salmaso é que ela não se apresenta como uma cantora acompanhada pela banda. Ela faz questão de se colocar em meio aos músicos, mais uma integrante. Sua fiel parceria com o produtor/compositor/baixista Rodolfo Stroeter garante o sucesso desse formato. Em Nem 1 aí a dupla conta com outros grandes talentos como os de André Mehmari (piano), Tutty Moreno (percussão), Nailor Proveta (sopros) e Toninho Ferragutti (acordeon). Todos com participação fundamental no trabalho e devidamente creditados na capa.
Mônica não se intimida e consegue imprimir sua digital em canções que ficaram marcadas anteriormente. No campo das grandes cantoras, relê Saudades dos aviões na Panair, parceria de Milton Nascimento e Fernando Brant imortalizada por Elis Regina, e Esconjuros, da dobradinha mágica de Guinga e Aldir Blanc gravada magistralmente por Leila Pinheiro.
Nem 1 ai vem de uma apresentação da cantora em São Paulo. Depois do show bastaram duas sessões no estúdio para registrar. A edição em CD não pretende trazer novidades e nem surpresas; não é esse o objetivo da cantora. O lançamento vem para disponibilizar e tornar público o trabalho que estava guardado. Nem 1 ai é mais um passo da cantora na formação de uma carreira sólida e independente, que não busca o sucesso fácil e sim uma carreira consistente."
segunda-feira, 14 de julho de 2008
MÔNICA SALMASO NO SOM BRASIL: NOTÍCIA OFICIAL
sexta-feira, 11 de julho de 2008
segunda-feira, 7 de julho de 2008
sábado, 28 de junho de 2008
Turnê Noites de Gala, Samba na Rua - Edição SÃO LUÍS
Fonte: http://zemaribeiro.blogspot.com/2008/06/noite-de-xtase.html
Cantora contou com forças “cybernaturais” para gravar Noites de Gala, Samba na Rua
O registro, uma aventura de releituras buarquianas em parceria com o grupo Pau Brasil, recebeu o apoio de um abaixo-assinado virtual promovido pelo Orkut para que se concretizasse. O evento aconteceu em 13 de março, mas a história por trás da gravação começou há quase três anos, em Feira de Santana, Bahia.
A idéia foi da professora de Geografia e estudante de publicidade Valéria Nanci, que se dizia cansada de ver o trabalho de Salmaso pouco veiculado pela mídia, além dos CDs vendidos a preços exorbitantes nas lojas virtuais, já que em Feira de Santana pouco se encontra algo da cantora disponível para compra.
O primeiro contato dela com a artista aconteceu em 2000, mas só um ano depois, numa reprise do show feito por Salmaso no Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia [IRDEB] transmitida pela TVE [BA], é que Valéria atentou para o potencial da cantora. “Percebi ali que não tinha me interessado logo de cara pelo trabalho dela porque ainda não tinha mergulhado no mundo de Mônica Salmaso”, relembra a fã. A relação com Salmaso vem da mesma época. A professora se correspondia freqüentemente com a cantora via e-mail, e chegou ela mesma a produzir um DVD com apresentações aleatórias da artista.
A peregrinação em prol desse novo DVD começou em agosto de 2005, através de um e-mail enviado por Valéria ao gerenciador da comunidade da Biscoito Fino no Orkut, que naquela época só possuía 399 membros . A proposta de fazer um abaixo-assinado virtual não era simples de ser aceita, mas a fã conta que não custava nada arriscar. “Me comuniquei com o administrador da comunidade pedindo que falasse com a Olívia Hime [dona da gravadora], pra checar a possibilidade de fazer um DVD. Ele me respondeu que se eu conseguisse umas 300 assinaturas, daria certo”.
A solução encontrada por Valéria foi usar a mesma ferramenta que a aproximou da gravadora para divulgar a petição. Para colher o maior número possível de assinaturas, foi criado o tópico na comunidade da Biscoito Fino, e logo após o link com acesso direto ao “documento” também foi postado em comunidades relacionadas a artista para atrair outros simpatizantes a causa.
Até o dia da gravação, a comunidade possuía cerca de 150 assinaturas, correspondente a metade do número requerido pela gravadora para promover o show. Se contribuiu para o registro ou não, Valéria alega que o importante mesmo é ele ter acontecido. “Saber que por conta dele a gravadora resolveu apostar mais no trabalho da Mônica, pra mim, é que foi um presente!”. O DVD segue em pós-produção, ainda sem previsão de lançamento.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Turnê Noites de Gala, Samba na Rua - Edição BELÉM
por Regina Makarem, de Belém
Noites de gala, samba na rua – no Theatro da Paz
Mônica Salmaso apresenta seu raro talento e a imbatível simpatia pela 4ª vez em Belém. No dia 17. Cativou, por artes feiticeiras de sua voz personalíssima – gente, desculpem, mas aqui cabe o superlativo – uma fatia substancial do público mais exigente. Na entrevista ao jornal local, conseguiu a proeza de empolgar uma apresentadora que, de hábito, é contida, para não dizer sisuda... estavam as duas ao ponto de trocar intimidades de comadres, tal o poder natural de Mônica em deixar as pessoas desarmadas, à vontade. Humor constante e inteligente, excelente contadora de estórias, com tiradas que não sei de onde as saca com tanta precisão e galhardia. Há de ser uma adorável companhia.
Das vezes em que fui assistir a cantora, surpreendeu-me a lotação das casas e a devoção da platéia, os arroubos, exclamações apaixonadas, até o ponto de ver, aqui e ali, uma mal disfarçada lágrima. Minha, inclusive. E desta vez, também da filha que já encontrei a minha espera, num dia apertado assaz apertado mas que não a impediria de desfrutar de tal menu. Assistimos a tudo bem juntinhas, uma protegendo a outra das artes traiçoeiras da emoção mais funda, que nessas horas pode representar um duro vexame...
Bom, o teatro lotou. Mônica ousou, apostou no sonho que não saiu mais do seu coração desde que entrou uma vez no teatro da Paz, quando hospedada num hotel ao lado e assistiu a um ensaio. Conta que desejou intensamente cantar ali. Até que conseguiu o patrocínio do Bradesco Prime para levar o show a 21 cidades brasileiras. O sonho aconteceu. Queria oferecer o espetáculo um preço acessível e conseguiu. Mas estou atropelando a narração dos fatos que realmente interessam.
O show traz ao público, oficialmente, o disco “Noites de Gala, Samba na Rua”, reverenciando o compositor Chico Buarque. Acompanhada pelo Quinteto Pau Brasil, Mônica Salmaso retira da sua alma todo sentimento que sorveu das canções do nosso ídolo. E tudo espalha, magnânima, num tapete de sons prateados. Porque Chico é o nosso ídolo. Sem discussão. E tal homenagem, em vida, deve ter sido inestimável presente de fã e artista, que a ele comoveu.
A atual formação do Quinteto Pau Brasil é: Nelson Ayres (piano), Rodolfo Stroeter (baixo), Teco Cardoso (sax e flautas), Ricarado Mosca (bateria) e Paulo Bellinati (violão). Imaginem o que é escutar e ver, sentir toda vibração de Mônica Salmaso acompanhada por tais instrumentistas. Impossível descrever, principalmente em se tratando de alguém sabidamente ignorante musicalmente. Falo de mim, claro. Mas vocês bem conhecem esses músicos respeitáveis, que preservam as raízes dos nossos sons, mesmo interpretando um som universal, de tantos matizes, sempre inventivos, apaixonados e capazes de inovar. Não é fácil. Mas eles fazem parecer que sim, do jeito que brincam com os sons e se mostram divertidos.
Já escrevi sobre a Mônica muitas vezes. Já comentei o disco. Não vou me repetir, porque reconheço que me esgoto na primeira apresentação. Conto apenas um pouquinho do que se passou naquele espetáculo de quase 2 horas. Começou com A Volta do Malandro lançou chispas pelo teatro, eletrizando logo todos os corações, e desta vez a moça se vestiu de brilhos - quem diria? -, num casaquinho de arco-íris. Ela que exagera somente no brilho da voz e se mostra tão limpa de qualquer adereço, com isso destacando ainda mais a pureza do seu canto. Voz de santa, como disse o Rodolfo Stroeter, diadema e véu... Ensaia uns passos de dança, impecavelmente conduzida por tantos e tão exímios cavalheiros de uma vez. Seus gestos são suaves e certeiros, como notas musicais afinadas e perfeitamente cadenciadas. Bonito de se ver.
Quem te viu e quem te vê a gente pode imaginar que não suportaria escutar de novo. Mas além da delícia da voz, vem em contraponto com a flauta do amado, num dueto que é puro amor, festejado pelos demais instrumentos. Me fez pensar: com um Quinteto assim, quem sabe até eu me deixaria arrebatar desse jeito?... Se tivesse a graça celestial de cantar assim. É claro. Que tolice a minha.
Terminado o número, Mônica confessa seu carinho por Belém, contando tudo desde a primeira apresentação pelo Projeto Pixinguinha, numa noite de chuva tão forte que quase não acontece o show. Nem eu fui porque o local de apresentação não estava preparado para um toró de tal intensidade. Conta que ficou surpresa e emocionada com o público que ainda assim, contra todas as intempéries, compareceu. Me contaram que ela chorou. Linda.
Chico conta que fez Você Você (Guinga e Chico Buarque) para o neto. Ela a princípio achou estranho, mas percebeu que tudo se encaixava e ficava ainda mais bonita a canção dentro dessa perspectiva. E tudo fez mais sentido quando o filho Téo nasceu. Minha sensibilidade não alcançou este sentido. Só acho que ela deveria ter soltado os cabelos no meio da interpretação. Por que amarrar os cabelos daquele jeito?
Para a canção seguinte, um intervalo de afinação com uma caixinha que Mônica tocaria, não sei que instrumento seria aquele... demorou um pouco e de repente, um coro de oh! ahhh!.. de pura delícia ecoou pelo espaço. Da outra ponta onde estava o Bellinati, derramam-se bolinhas coloridas de sabão, sopradas pelo violonista, e em acordes que respondiam a espécie de caixinha de música da Mônica, tem início a Ciranda da Bailarina. É isso mesmo, foi um momento mágico (como dizer de outra forma?), Larissa deitou a cabecinha no meu ombro e minha alminha saiu lépida até o palco, ensaiando passinhos trôpegos da bailarina que eu quis ser quando criança... cantamos junto, Larissa e eu, mas bem mansinho, até a garganta apertar demais...
Se me perguntassem – e por que alguém iria me perguntar? – qual foi o momento supremo da noite, talvez eu dissesse que foi Construção. Porque a todos que estavam na nossa frisa, e nas frisas vizinhas - todos com os nervos frisados de tanto que esticaram até doer -, pareceu que havia sido composta e apresentada pela primeira vez ali, naquele instante fatal e para o nosso regalo completo. Refeição espiritual que há de saciar por muito tempo a nossa fome de beleza. Além da letra concretista perfeita e sempre contemporânea, os instrumentos expunham o cenário de todas as vidas vividas pelo operário no seu dia de graça e maldição. Estava tudo presente naqueles poucos minutos, a rua, a construção, a fome, o sonho que nunca chega, a urgência da vida que segue atropelando a própria vida. Tudo em suspenso, ninguém respirou até as notas finais. Eu mesma estava roxinha...
Olha Maria, em arranjo de Paulo Bellinati, conjugou de tal modo a voz e as cordas que não se conseguia dissociar as notas, o que é da moça, o que é dos dedos do moço... Ressaltando a beleza do timbre, que é somente dela. Mônica Salmaso *é* aquela voz. A voz puríssima é a sua verdade, a razão por que veio até este mundo. Até este teatro. Até a minha vida. Há muitas vozes lindas pelo meu país, mas na maior parte são tão parecidas... quando escuto, fico me perguntando a quem pertence esta e aquela. Por isso, desde o início chamei a Mônica de Rouxinol. Como as aves, cada uma com seu canto peculiar, ela tem a sua marca: Mônica Salmaso.
O ponto alto do CD é O Velho Francisco. Por todos os motivos juntos. A intensa carga dramática da história me traz soluços engolidos à força. E quando a Mônica me cantou novamente – e por primeiro - a crônica do velho abandonado, foi tão dolente o seu cantar, que não deu pra engolir, nem com toda coca-cola da casa, os soluços. Desta feita, naquele “muito maravilhos0” teatro lotado de devotos, foi uma dor como nunca antes, mas uma dor de gostar de sentir.
Logo Eu, em duo com Teco Cardoso, foi uma confidência muito íntima do casal, que a gente não vai contar pra ninguém...
O Quinteto apresentou uma composição de Paulo Bellinati denominada Pulo do Gato onde cada músico exibe além do pulo, o fôlego de suas sete vidas, sete notas que se multiplicam. Um espetáculo que certamente faz a gente sair do teatro melhor do que quando lá entrou. Como disse a Mônica. Entre outras coisas.
A perfeição poética e lingüística de que é feita Suburbano Coração foi composta para a voz da Mônica, mil dias antes de Chico a conhecer. Tenho certeza.
Mônica contou que Chico estava escrevendo a letra de Ode aos Ratos (Edu Lobo e Chico), quando embatucou e ligou para Paulo Vanzolini, conhecedor de música e sabedor dos bichos, e perguntou: “- Paulo, como é o nariz do rato? É macio? É fofinho? Como é o lance do nariz do rato?” porque Chico queria ser fiel à compleição dos ratos. Vanzolini respondeu: - Chico, você já mentiu tanto às mulheres nas suas canções... mente pro rato!” E Chico desferiu esta: “- Rato eu respeito...”
Bom, isso aqui está ficando comprido... resta falar de “Quadrilha” que inicia com um solo de bateria admirável e tem uma interpretação muito, muito pessoal. Depois Bom Tempo, que tem acompanhamento do pandeirinho e pratos da Mônica, num clima domingueiro, entremeado de vocalize de voz e flauta, tão justos e coladinhos que não se sabe qual é o instrumento e onde começa e termina a voz. Como se a voz não fosse o instrumento que ela toca à perfeição... Ora!
Partido Alto é daquelas canções que o compositor acaba perdendo para o povo. Todos tão contidos, ninguém queria outro som que não viesse do palco, porque nada ali se podia desperdiçar. Mas, aos primeiros acordes, a voz do público entoa, possessiva, como quem se dá conta: é nossa!
Ao retorno para o bis, Mônica e Paulo Bellinati em Beatriz. Nossa! E a apoteose de encerramento foi um presente composto pelo Rodolfo Stroeter, em que Mônica apresenta o Quinteto e Rodolfo apresenta, ao final, a cantora que tem “voz de Santa”. É um repente muito gostoso, gostaria de obter a letra. alguém teria?...
Bem, foi mais ou menos assim. Melhor para descrever só ao vivo. Um detalhe que não posso deixar de registrar é que estavam na nossa frisa dois casais de namorados bem jovenzinhos, mas tão empolgados, tocados fundamente naquele lugar... como direi? imponderável e só de raro em raro freqüentado. Eu vi as pessoas se transformarem em anjos naquela noite. Juro.
* * * * * * *