sábado, 31 de dezembro de 2016

FELIZES NOVOS DIAS!!!

                                                                                                                   Por *Valéria Nancí

Foto Instagram: @valeriananci
"Havia um homem e um horizonte
Navegando em minha paz
O ar passava deslizando
Tal qual um enverdecer que azulejava

Eu só queria registrar em pupila
O rasante de pássaro no mar
De corais de sentimentos
Refletidos pelo sol

Em cartão-memória
Guardei a tinta pintada
E fui-me embora
Cheirando a poesia

A silhueta fincada ficou
As águas remexidas se sabiam
Mudei-me a mim mesma
E o homem continuava lá".
(Foto&Poesia: Valéria Nancí)

#FelizesNovosDias
#MudeVocêMesmo
#DoisMilEDezessete

OBRIGADA A TODOS OS SALMASIANOS QUE NOS ACESSAM E SEGUEM! EM BREVE NOVAS ATUALIZAÇÕES DE AGENDA E SHOWS!


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*Valéria Nancí é geógrafa, publicitária,escritora, louca por música, aficcionada por capas de discos, mestre em Desenho, doutoranda em Cultura e pesquisadora da obra de Mônica Salmaso!
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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

BOAS FESTAS! BONS SONS! BONS AMORES!

                                                                                
                                                                                                   *Valéria Nancí

Foto Instagram: @valeriananci

"Sempre é tempo de amor
Não aquele amor que surge
No tilintar dos sinos
É amor construído, amor verdadeiro

Amor que dá sem nada a receber
Apenas porque é amor
E por ser amor
Lhe basta acontecer

Amor que não precisa de natais para haver
É amor de bem-querer
Sem mal-me-quer
Só por simplesmente ser!

Amor de vidas cruzadas
Caminhos abertos
Que tem mais é que viver
E permanecer

De corações vermelhos-amados
Dispostos, dia-a-dia, lado-a-lado
Que se querem juntos
Que por Deus-Maior um dia há de ter" (Valéria Nancí).

DEDICO MINHA FOTOGRAFIA E POESIA A TODOS, QUE ASSIM COMO EU, TÊM AMOR À ARTE DA MÔNICA SALMASO - SER HUMANO AO QUAL DEVO GRATIDÃO ETERNA, POR SUA OBRA FAZER PARTE DA MINHA VIDA, HÁ 16 ANOS, REVOLUCIONANDO ALMA E GESTO, ESPÍRITO E LUZ!

SE TIVESSE QUE DEFINIR SENTIMENTO CONSTRUIRIA UMA FRASE COMPILANDO DOIS DEPOIMENTOS LINDOS DE AMIGOS: "Depois que ouvi a Mônica Salmaso descobri que Deus existe, por isso quando quero ter paz a escuto".



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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Mônica, Zeca, Ná, Hilda, a poesia e a música!

                                                                                               * Por Valéria Nancí 

Ontem em Belo Horizonte, no Sesc Palladium, teve o show do Zeca Baleiro com Ná Ozzetti e Mônica Salmaso cantando as canções do Zeca sobre poemas de Hilda Hilst.

(Foto/fonte: Carla Assis)

Diz-se que "Foi por iniciativa de Hilda Hilst (1930 -2004) que Zeca Baleiro se tornou parceiro da poeta paulista. Ao receber uma cópia do primeiro disco do compositor maranhense, Por Onde Andará Stephen Fry? (1997), enviada pelo próprio artista, Hilst ligou, propôs a parceria e mandou um disquete com sua obra poética.Foi no disquete que Baleiro descobriu o livro Júbilo Memória Noviciado da Paixão - escrito pela Hilda quando estava apaixonada platonicamente pelo Júlio de Mesquita Neto (vide as iniciais) - e decidiu musicar os versos do capítulo que dá título ao disco.

Depois de dois anos de trabalho, a gravadora de Zeca Baleiro, Saravá Disco, lançou o CD Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé - De Ariana para Dionísio - com poemas de Hilda Hilst musicados pelo artista maranhense.

O disco, segundo Zeca Baleiro, começou a ser gravado em abril de 2003 e teve aval da escritora e a colaboração do violonista Swami Jr. nos arranjos de base. Para musicar os dez poemas, Baleiro buscou uma sonoridade que se encaixasse nos poemas já em essência muito musicais de Hilst. Instrumentos como harpa, oboé e fagote ajudaram a criar o clima. Para dar mais charme ainda ao disco, Baleiro contou com a adesão de dez cantoras para interpretar as canções. Pela ordem de entrada no CD, o time é formado por Rita Ribeiro, Verônica Sabino, Maria Bethânia, Jussara Silveira, Ângela Ro Ro, Ná Ozzetti, Zélia Duncan, Olívia Byington, Mônica Salmaso e Ângela Maria".
(Fonte: http://www.overmundo.com.br/overblog/a-poesia-sonora-de-hilda-hilst-no-baleiro-de-zeca)

Este é um dos discos que se ouve a qualquer momento: atemporal demais!!! Uma música mais terna que a outra, e as interpretações são magistrais! Quem não conhece precisa conhecer! E se puder ir ao show, sinta-se privilegiado: não é todo dia que se tem uma oportunidade de ouro dessas!

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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Turnê Corpo de Baile (edição Rio de Janeiro): deu na mídia? Ou???...

Por Valéria Nancí

A turnê do premiado disco Corpo de Baile - composta por músicas de parceria de Guinga e Paulo César Pinheiro -  vai chegando ao fim, com apresentações que lotaram teatros de todo Brasil, e com uma veiculação expressiva nos principais jornais e revistas do país -  no Rio de Janeiro não foi diferente. 

Isto E Agenda - 16.10.2016

O Globo -Rio Show - 18.10.2016

O Povo - Show do Rio- 14.10.2016

Veja Rio - 16.10.2016

Fluminense - Segundo Caderno - 18.10.2016
Globo - Agenda de Shows - 18.10.2016
Hoje pela manhã, após os dois dias de shows para os cariocas, procurei me inteirar do que aconteceu nessas apresentações: não vou negar que a vontade era de estar lá - não pude! As informações que a mim chegaram davam conta de que foi preciso colocar cadeiras extras, em todo canto, para comportar o público que teve o privilégio de presenciar essa preciosidade, deixando a alma dançar com esse magistral e encantador espetáculo!

No final das contas, pensando bem, refletindo direitinho, acho que não "deu na mídia"..."deu no coração"!!! - e ACERTOU EM CHEIO!!!

Obrigada Mônica! Sua ALMA LÍRICA nos traz paz! Até breve!

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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Mônica Salmaso no dia da MPB - rádio Eldorado

Por Valéria Nancí

Alô pessoal! Hoje a rádio Eldorado celebra o dia da MPB e, às 20h, tem Mônica Salmaso!
Fonte: https://www.facebook.com/radioeldorado/photos/a.152519594811255.34524.148641568532391/1229903760406161/?type=3&theater
Acessem o site da rádio territorioeldorado.com.br e cliquem no"OUÇA AGORA".
Vale a pena a escuta, sobretudo por Mônica falar do tão importante Prêmio Visa que ela venceu em 1999 - o qual deu origem ao seu belíssimo disco VOADEIRA.
Fonte: https://www.facebook.com/radioeldorado/photos/a.152519594811255.34524.148641568532391/1229903760406161/?type=3&theater

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domingo, 16 de outubro de 2016

Turnê "Corpo de Baile" - edição Rio de Janeiro (RJ)


Por Valéria Nancí


A turnê "Corpo de Baile" está chegando ao fim. Após encantar 11 capitais, e tendo feito, estimativamente, 12.000 pessoas mais felizes (eu tô nessa estatística!!!), Mônica Salmaso e seus preciosos músicos estão findando este brilhante, sutil e terno trabalho. Gravados na memória e no coração, de quem ali esteve, vão ficar um sabor de saudade e a certeza de ter visto um dos maiores espetáculos recentes da história da música brasileira (obs.: não há nenhuma dose de exagero aqui - pode crer!) . E agora? O que nos resta depois disso?! Será que vem o DVD aí?!!! SEGREDO (hahaha)!!! Vamos aguardar esperançosos e ansiosos...

Para quem estará na cidade maravilhosa esta semana, o site Sopa Cultural deu a dica e vim compartilhar : se liguem no recadinho - e depois não digam que não avisei, hein?! (risos).


"Mônica Salmaso encerra a turnê do show 'Corpo de Baile' no Teatro Tom Jobim

Por Redação -10 de outubro de 2016


Depois de passar por 11 capitais com 21 apresentações por teatros como Theatro da Paz, Teatro Castro Alves, Palácio das Artes, Teatro Alfa, Teatro Guaíra e Theatro São Pedro, entre outros – com um público de aproximadamente de 11 mil pessoas, a preços populares e ensaios abertos gratuitos – o espetáculo “Corpo de Baile” da cantora Mônica Salmaso faz a última apresentação da turnê no Rio de Janeiro nos dias 18 e 19 de outubro, terça e quarta, no Teatro Tom Jobim.
– “Além de termos tido duas noites incríveis do show no ano passado, pra mim é importante fecharmos a turnê voltando ao Tom Jobim para que o Guinga, Paulo César Pinheiro e Walter Carvalho possam ver novamente. É a minha homenagem a eles!”, conta Mônica.
Concebido em torno de 14 canções compostas em parceria por Guinga e Paulo César Pinheiro – várias inéditas e muitas delas guardadas há 40 anos – o CD Corpo de Bailereuniu uma gama variada de músicos e arranjadores. Além de render elogios rasgados da mídia, deu à Mônica o maior número de indicações por artista do 26º Prêmio da Música Brasileira, em que concorreu a quatro categorias – melhor CD, melhor arranjador (Lucas Reale em Corpo de Baile), melhor canção (Sedutora) e melhor cantora, – e ganhou as últimas duas.
Para os shows deste CD Mônica convidou o cineasta e fotógrafo Walter Carvalho para fazer um vídeo cenário, onde uma projeção em um tule transparente entre a plateia e a cantora com os músicos, que interage com a música. Uma criação autoral de Walter Carvalho, que repete a parceria com Mônica após a direção dele no DVD Alma Lírica Brasileira, o trabalho anterior da cantora.
Estarão no palco com Mônica nove músicos: Teco Cardoso nos sopros e direção musical, Nailor Proveta (clarineta e saxofones), Paulo Aragão (violão), Nelson Ayres (piano e acordeon), Neymar Dias (contrabaixo e viola caipira) e Quarteto Carlos Gomes: Cláudio Cruz (violino), Adonhiran Reis (violino), Gabriel Marin (viola) e Alceu Reis (cello), mostrando o repertório do disco.
O CD Corpo de Baile teve direção musical de Mônica com Teco Cardoso (que assina a produção).Foram arregimentados músicos especialíssimos em instrumentos como violão, viola caipira, piano, cordas, clarinetes, banda de sopros incluindo trombone, trumpete, trompa e tuba, baixo acústico e percussão. O grupo Sujeito a Guincho (quinteto de clarinetes) e o Quarteto de cordas Carlos Gomes também participam do disco, que foi gravado ao vivo no estúdio.
A parceria de Guinga e Paulo Cesar Pinheiro – uma das mais criativas da MPB contemporânea – é, para Mônica, um tesouro raro e um desafio para qualquer intérprete. – “Esse repertório é um presente para qualquer cantor que goste de melodia, de letra, de harmonia. Por isso é um disco importantíssimo pra mim. É como se eu estivesse me preparando estes anos todos para gravá-lo, mesmo sem saber, e fazer shows  com este repertório por todo o país”, conta Mônica. 
– “Para oferecer 14 canções (muitas inéditas) essa densidade, achei que precisava colorir o repertório com diferentes arranjadores, para que uma música não pesasse sobre a outra”, explica a cantora. “A gente fez uma gama de cores, convidando Dori Caymmi, Tiago Costa, Nailor Proveta, Teco Cardoso, Luca Raele, Nelson Ayres e Paulo Aragão para assinarem os arranjos. Curiosamente, em um momento em que é de se esperar discos novos com formações pequenas, eu fiz o disco mais recheado da minha carreira”, conclui a cantora paulistana.
Dentre as escolhidas, Bolero de Satã, gravada por Elis Regina no disco Essa Mulher, é a mais conhecida dentre as que já tinham sido gravadas. “Achei que era o caso de regravar o Bolero de Satãpara situar a parceria dentro do que as pessoas já ouviram”, pontua Mônica, que nos conta ainda que as canções que não são inéditas foram registradas em discos de pequenas tiragens, vinis ou edições especiais.
Entre as canções da dupla, Mônica passeou pelo nordeste em Porto de Araujo e celebrou a natureza em Quadrão; lançou a marcha Rancho das Sete Cores; foi da moda telúrica (Violada) às valsas francesa (Nonsense) e brasileira (Corpo de Baile), passando por um inusitado fado, Navegante – o velho formato invadido pelas invenções harmônicas de Guinga. Abrangeu da cultura indígena deCurimã à católica de Procissão da Padroeira e recriou o que a dupla faz melhor, canções densas como Fonte Abandonada e Noturna, e ainda lançou a modinha Sedutora.
O projeto aprovado na Lei de Incentivo a Cultura do Ministério da Cultura contou com o patrocínio do Bradesco.

SERVIÇO
Show:  “Corpo de Baile” – Mônica Salmaso
Local: Teatro Tom Jobim (Rua Jardim Botânico, 1008 – Tel: (21) 2274-7012 – Jardim Botânico – RJ) http://jbrj.gov.br/visitacao/espacotomjobim
Datas: 18 e 19 de outubro de 2016 – terça e quarta
Horário:  21hs
Duração: 80 min. aproximadamente
Ingresso: R$ 40,00 e R$ 20,00 (meia entrada para menores de 21 anos e acima de 60 anos, classe artística, estudantes, professores da rede pública, portadores de necessidades físicas, sócios e funcionários do JBRJ e e funcionários da Embrapa)
Ingressos já a venda em  https://www.ingressorapido.com.br/compra/?id=53323#!/ticketsou pelo telefone 4003 2330 e também na bilheteria do local
Censura: livre
Capacidade:  378 lugares
Estacionamento:  400 vagas disponibilizadas nos dois estacionamentos do Jockey Club (um na Rua Jardim Botânico, 1.003 e outro em frente à Praça Santos Dumont) – desconto especial ao apresentar o ingresso. Para maior comodidade, verifique os preços cobrados pelo telefone (21) 2103- 4076.
– Vagas exclusivas na Rua Jardim Botânico, 1.008 para pessoas com deficiência que venham em carros adaptados e adesivados.
Acessibilidade: Sim
Ar condicionado".


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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

“O Júlio na gaita e a Mônica no vocal”: melhor entrevista forever!!!


Por Valéria Nancí*

     HOJE É DIA DAS CRIANÇAS!!! E como não podia deixar de ser, para um dia especial, uma postagem igualmente especial: a entrevista dada pela Mônica à turminha do Cocoricó!


Foto: Mônica Salmaso e Júlio
Fonte: https://i.ytimg.com/vi/T011z_2344U/maxresdefault.jpg

Esqueçam Alan Carr, David Letterman, Ellen DeGeneres e Oprah Gail Winfrey. O melhor entrevistador da face da Terra, todinha, é o Júlio... Que Júlio? Ora, o Júlio do Programa Cocoricó – aquele mesmo da moçadinha do paiol. Numa super entrevista de 21’13”, o cara, ao lado da sua inseparável, e impagável, amiguinha Zazá, conseguiu entreter e deixar à vontade a convidada da vez, Mônica Salmaso, “tirando” dela coisas bem bacanas.

     Você sabia, por exemplo, que Mônica tem um irmão que é baterista do Clube do Balanço: uma super banda paulistana de samba-rock, sambalanço, samba funk e soul??? Acredite se quiser: eu amo o Clube do Balanço, a ponto de ter em meus arquivos, gravados em VHS, shows do conjunto no extinto programa Bem Brasil, e só depois dessa entrevista liguei as coisas e descobri que tem 2 SALMASOS em minha existência (risos): a vida é mesmo uma caixinha de surpresas (mais risos!!!).

     A inspiração musical vem da família, embora antes deles ninguém tenha sido músico. Imaginem vocês que a pequena Mônica descia a escada do sobrado onde morava e, aos 6/7 anos, cantava, vejam só, o Acalanto de Caymmi e as canções do Chico Buarque na sala de estar: menininha danada essa, hein?!

     Ela conta que disse aos pais do desejo de ser cantora, mas não sabia como, e que foi fazer aula de música a partir disso. Aliás, esse foi um dos pontos mais legais da entrevista: o Júlio e eu (que não sou boba - risos) aprendemos o que é M-U-S-I-C-A-L-I-Z-A-Ç-Ã-O! O outro ponto legal foi o trio Zazá-Mônica-Júlio fazendo a I-M-P-R-O-V-I-S-A-Ç-Ã-O musical: simplesmente delicioso de se ver e compreender!


    Uma amostrinha para vocês:


Foi bacana também entender o por quê dos discos da Mônica terem uma coesão e coerência: o que ela chama de um “jeitão” - só agora entendi, hein Júlio!!! Te devo essa!!! Isso vem de antes, bem antes dela pensar em gravar algo. Era de discos assim que ela gostava: discos com um “jeitão”, sem muita coisa misturada. Pegue a discografia dela e perceba esse mesmo aspecto. Isso é referência de pesquisa, e não é todo artista que tem essa sensibilidade, essa percepção: isso é coisa de GENTE GRANDE! Sorte do Théo, seu filho, que, por sinal, já brinca e se diverte aprendendo com a mamãe, o papai (Teco Cardoso) e a dinda (Lea Freire): todos músicos e com os quais a Mônica faz V-O-C-A-L-I-Z-E (que a Zazá, o Júlio e eu adoramos aprender também) num projeto paralelo com o quinteto “Voz em Madeira”. 

     Olha, já assisti inúmeras entrevistas da Mônica e fiquei, realmente, fascinada com o modo de condução do Fernando Gomes, criador do Júlio, na TV Cocoricó!



PUXA, PUXA, QUE PUXA: essa prosa foi uma delícia e o Júlio estava realmente I-M-P-O-S-S-Í-V-E-L!!! Melhor entrevista forever!!!


Ficou curioso (a)? Assista na íntegra em: https://www.youtube.com/watch?v=T011z_2344U 

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terça-feira, 27 de setembro de 2016

Cantora: “RECEITA E MODO DE PREPARO”

Por Valéria Nancí*

Tal qual um bolo, uma torta, um salgado, uma guloseima qualquer, há quem acredite que uma cantora se faz com ingredientes pré-definidos. É engraçado isso: uma porção disso, uma pitada daquilo, mede daqui, peneira de lá, bate tudo, põe na forma, coloca no forno e pluft: surge uma artista! Em verdade, pode acontecer, mas daí a ser receita disputada “são outros quinhentos”.


Foto: http://www.monicasalmaso.mus.br/

Certa feita ouvi a Mônica Salmaso comentar que, no início de sua carreira, um empresário sedento por “criar uma cantora de sucesso”, a ela deu a receita em porcentagens para que seguisse “ao pé da letra”- receita que aqui “gourmetizo em porções”:
- 500g dessa cantora
- 150g daquela outra.
- Acrescente um CD, dividido em cubinhos sabor: “musiquinhas-internacionais-pra-fazer-a-linha-globalizada”; “musiquinhas-de-sua-autoria-para-parecer-cult”, “musiquinhas-pop-já-que-até-o-papa-é-pop” (avisei que ía gourmetizar – risos!).

É fato que todos nós, sem exceção, precisamos de alguém para nos ajudar em início de carreira. Pois bem, mas eu falei A-J-U-D-A-R, e não, F-A-B-R-I-C-A-R.

Se o que se pretendia, da parte dele, era um SIM para a produção de uma cantora estilo bolo-de-embalagem-vendido-em-mercadinho, o que conseguiu foi um sonoro NÃO de uma cantora estilo bolo-quentinho-da-casa-da-vovó.

Taxada de “europeia demais” pelo tal “mestre-cuca-mecanizado”, preferiu seguir seus instintos, andando devagarinho, mas pisando firme.

Foto: http://www.monicasalmaso.mus.br/


Mônica é Brasil, foi aqui que fincou sua bandeira e, a plenos pulmões, cantou AFRO SAMBAS de primeira. Fez dessa obra seu TRAMPOLIM: uma verdadeira VOADEIRA. Ah se IAIÁ pudesse ver a menina crescer, o que lhe diria? Talvez, “- Vai na fé que uma dia viverá NOITES DE GALA, SAMBA NA RUA, e não deixe que ninguém no mundo lhe diga mais NEM 1 AI. Você é grande e sabe o caminho. Segue a intuição de sua ALMA LÍRICA e viva a vida como um eterno CORPO DE BAILE”.

10 CDS, 2 DVDs, vencedora por 2 vezes do PRÊMIO DA MÚSICA BRASILEIRA como melhor cantora, dentre tantos outros triunfos, já revelam algo, não? Acho que o sucesso da Mônica (eu disse SUCESSO e não FAMA) se deve a algum sussurro que o poeta Fernando Pessoa - utilizando-se de um de seus heterônimos (Ricardo Reis) - tenha lhe dado ao pé do ouvido n’algum lugar dizendo-lhe: “Segue o teu destino, rega as tuas plantas, ama as tuas rosas, o resto é a sombra de árvores alheias”.

Foto: http://www.blognotasmusicais.com.br/2015/06/juri-do-26-premio-da-musica-brasileira.html

Ah! Se eu pudesse encontrar esse “chef” num lugar qualquer por aí, eu lhe diria: " - Nem sempre receitas prontas dão certo! UM DIA O BOLO PODE SOLAR!".

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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Orfeu da Conceição - 60 anos

O álbum Orfeu da Conceição, o primeiro com músicas da dupla Tom Jobim e Vinicius de Moraes, completa 60 anos e, para celebrar este marco da MPB, Mônica Salmaso, Sergio Santos e a Grande Banda, realizam no Sesc Santo André uma nova leitura das obras que compõem o álbum, também serão apresentadas parte da trilha sonora do filme. Os ingressos podem ser adquiridos no link:
www.sescsp.org.br/programacao/103217_ORFEU+DA+CONCEICAO+60+ANOS
#serauproducoes #sesc #orfeudaconceicao #mpb

Fonte: Facebook Serau Produções




domingo, 18 de setembro de 2016

Turnê "Corpo de Baile" - edição Recife (PE)

Por Valéria Nancí

Pré-show: ensaio e descontração
Fonte: Carla Assis (produção)

Pós-show com músicos de Recife: Spok Frevo Orquestra e Marco César (Bandolim)
Fonte: Carla Assis (produção)

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sábado, 17 de setembro de 2016

Raridade: Mônica Salmaso cantando em inglês - programa "Por Acaso" (2009)

Por Valéria Nancí*

No ano de 2009 José Maurício Machline entrevistou em seu programa "POR ACASO", da TVE, a cantora Mônica Salmaso e o músico Rodrigo Rodrigues. Desse encontro ficou um registro raríssimo e delicioso: Mônica cantando em inglês.

 

Entrevista completa: https://www.youtube.com/watch?v=gWXQJeCO6Kc


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sexta-feira, 16 de setembro de 2016

1º DISCO: Afro-Sambas. Uma breve análise fonográfica e capista

Por Valéria Nancí

“O CD Afro-Sambas - 1995 traz consigo um dos trabalhos mais significativos da música popular brasileira: os Afro-sambas de Vinícius de Moraes e Baden Powell (de 1962). Esta é uma obra - uma espécie de musical – baseada na mitologia afro-baiana, onde os cantos e ritos dos orixás foram contados através de sambas de roda, pontos de candomblé e toques de berimbau. Mônica a gravou e, junto com Paulo Belinati, deu sofisticação à mesma.


Neste disco compreende-se que sua capa tem uma representação direta daquilo que se julga querer expressar. É o chamado STUDIUM (já descrito por Roland Barthes em "A Câmara Clara"), pois o mar contido na fotografia retrata Iemanjá (um dos Orixás) e a roupa branca de Mônica (e de seu violonista), expressam a cor mais representativa do candomblé. Entende-se, neste caso, que a temática (baseada na mitologia “afro-baiana”, onde os cantos e ritos dos orixás fossem contados através de sambas de roda, pontos de candomblé e toques de berimbau) está expressa através de sua forma visual na capa deste disco, através da fotografia em questão”*.
*Trecho extraído do Memorial de Projeto Experimental “RETRATOS MUSICAIS: A FOTOGRAFIA COMO FORMA DE EXPRESSÃO DA PRIMEIRA ARTE (em foco a obra da cantora Mônica Salmaso)”, de minha autoria, apresentado na conclusão do curso de Publicidade e Propaganda (UNEF – BA), 2009.
REPERTÓRIO
1. CONSOLAÇÃO Baden Powell & Viniciu s de Moraes
2. LABAREDA Baden Powell & Vinicius de Moraes
3. TRISTEZA E SOLIDÃO Baden Powell & Vinicius de Moraes
4. CANTO DE OSSANHA Baden Powell & Vinicius de Moraes
5. CANTO DE XANGÔ Baden Powell & Vinicius de Moraes
6. BOCOCHÊ Baden Powell & Vinicius de Moraes
7. CANTO DE IEMANJÁ Baden Powell & Vinicius de Moraes
8. TEMPO DE AMOR Baden Powell & Vinicius de Moraes
9. CANTO DE PEDRA-PRETA Baden Powell & Vinicius de Moraes
10. LAMENTO DE EXÚ Baden Powell & Vinicius de Moraes
11. CORDÃO DE OURO / BERIMBAU Paulo Bellinati / B. Powell & V. de Moraes

*Valéria Nancí é geógrafa, publicitária,escritora, louca por música, aficcionada por capas de discos, mestre em Desenho, doutoranda em Cultura e pesquisadora da obra de Mônica Salmaso!
Instagram: @valeriananci
E-mail: valeriananci@ig.com.br
Blog pessoal: valeriananci.blogspot.com.br

sábado, 10 de setembro de 2016

Mônica Salmaso e Paula Santoro no Sesc Belenzinho

Por Valéria Nancí

Sobre a noite de São Paulo, 09 de setembro de 2016.


Noite fria no inverno cinzento da cidade de concreto. Na agenda um compromisso inadiável: participação da Mônica Salmaso no show da Paula Santoro. Sim: queria ver a Mônica de novo após o mega sucesso da passagem da sua turnê Corpo de Baile em Salvador!

Era pra ser mais um simples encontro meu com o inquestionável amor que tenho pela arte da Mônica: era apenas mais uma conexão Salvador-São Paulo como as outras que já vivi. Entretanto, havia conhecido dois jornalistas e uma publicitária de Aracaju nos dias que antecediam o show, no maior congresso de comunicação do país: o INTERCOM NACIONAL (na Universidade de São Paulo). Três pessoas bacanas, com um gosto que casava com o meu, mas que não conheciam o trabalho dela: resolvi convidá-los para ir comigo ao SESC BELENZINHO [ou SESC BEM LONGINHO (risos) como se fala por aqui], local da apresentação. Disse-lhes que achava que gostariam do que iriam presenciar, mas cuidei para não fazer muito alarde, pois como li outro dia nesses livros de teóricos de gente inteligente (risos), Schopenhauer em COMO VENCER UM DEBATE SEM PRECISAR TER RAZÃO dizia sobre a questão de gosto: “Prefiro crer e julgar por mim mesmo”; “Argumento dirigido ao sentimento de honra”. Sábio Schopenhauer e sábios novos amigos que fiz por Sampa e que toparam essa parada.

Um lindo show se anunciava: Paula Santoro na voz, com Rafael Vernet no piano e direção musical, Daniel Santiago no violão, Bruno Migotto no contrabaixo, Edu Ribeiro na bateria. Uma bela apresentação da Paula e seus músicos lançando o seu novo CD “Metal na Madeira”. Porém, vou revelar: eu estava mega ansiosa para a entrada da Mônica. De certa forma, para mim era uma responsabilidade, sabe?! Levar pessoas para apresentar o trabalho de quem a gente admira pode soar um fanatismo fugaz. Depois relaxei um pouco, afinal acho que 16 anos de contato com sua obra já é bastante tempo para eu afirmar que de fugaz e de fanatismo isso não tem nada: sabia que no final iria conseguir que a sua voz conquistasse mais três admiradores, aqueles famosos mais “três tijolinhos”, postos um sobre o outro, colados firmemente com uma massa de cimento, com os quais ela sempre afirmara querer construir sua carreira, paulatinamente, de modo consolidado – e, olha, nessa brincadeira essa construção tá virando um “lindo-castelo-de-conto-de-fadas-daqueles-que-chegam-a-tocar-no-céu”, viu?!.


Bom, vamos ao que interessa: show começando e o “Metal na Madeira” dando seu recado – a Paula apresentando, de um modo bem seu, o disco novo. Lembro de ter conhecido a Paula no Festival da Cultura em 2005 – no qual a Mônica também participou, fazendo a abertura, cantando acompanhada da Orquestra Popular de Câmara de São Paulo.

Histórias à parte, quando a Mônica entrou no palco ontem eu nem respirei (risos) para que meus mais novos amigos da comunicação pudessem ouvir com plenitude seu canto. Posso falar?! Outro dia lhe ouvi dizer em entrevista que a Nana Caymmi tem a voz de Catedral (e tem!!!), mas e a sua, hein dona Mônica?!: tem a “voz-de-catedrais-de-um-Vaticano-inteiro” (risos).

Participante que era, cantou, a princípio, apenas três canções (belíssimas por sinal), mas eu não perguntava aos meus convidados o que haviam achado do que assistiam. Preferi deixar para o final. Só posso adiantar que assim que saiu do palco, da primeira vez, foi bastante aplaudida. Ao findar a apresentação principal, a Paula Santoro lhe convidou para o retorno ao palco, e a plateia logo pediu o bis das duas numa música linda de nome “Dorival Pescador” - a qual ambas haviam feito durante a primeira passagem da Mônica no palco. Em seguida cantaram mais uma canção e concluíram a apresentação sendo bastante aclamadas.

ACABOU! E AGORA?! VOU PERGUNTAR AOS COLEGAS SERGIPANOS SUAS OPINIÕES... NÃO PRECISOU! VI SEUS OLHOS BRILHAREM! ENCANTADOS QUE ESTAVAM ME DISSERAM: 1- “- Que voz linda”!; 2-“ - Gente!!! Ela não faz força pra cantar”; 3- “- Vou procurar coisas sobre ela na internet quando chegar em casa” (em casa entenda-se o hostel onde estamos hospedados).

NOSSA! QUE ORGULHO SENTI! JURO! É SENSACIONAL! UMA MEGA SATISFAÇÃO! E, OLHEM: PREPAREM AS OLARIAS - VEM MAIS TIJOLINHOS POR AÍ!!!

Após o show, revelo umas curiosidades:

1- Dois dos novos fãs sergipanos que a Mônica prospectou ontem revelaram ter se arrepiado (assim como eu) em vários momentos em que ela entoava as canções.

2- Ainda ontem, por volta de meia-noite e pouco, dois deles sentaram no banco de entrada do hostel, e boquiabertos disseram que estavam pilhados/maravilhados e que não conseguiriam dormir daquele jeito - pediram uma pizza!

3- Hoje pela manhã, uma delas revelou para mim que passou parte da madrugada buscando nos “googles da vida” materiais sobre a Mônica; e o outro disse-me que ficaria dias ouvindo sua voz rodando na mente, e que quando quisesse sentir paz era ela que ele ouviria dali por diante - AGORA PENSE AÍ: QUE AFAGO NO CORAÇÃO ESSA SALMASO TRAZ, HEIN?!!!.

Estou aqui escrevendo/descrevendo, terminando esse texto, e imaginando: “Quando a Mônica ler isso como será que se sentirá?!" - saber que é possível fazer tanto bem aos outros com o que oferece é grandiosamente DIVINO!

A verdade é que o que era pra ser só uma participação transformou-se em continuidade de sua belíssima construção cheia de ternura!

TRAZ MAIS UM TIJOLINHO AÍ, POR FAVOR!!!

*Valéria Nancí é geógrafa, publicitária,escritora, louca por música, aficcionada por capas de discos, mestre em Desenho, doutoranda em Cultura e pesquisadora da obra de Mônica Salmaso!
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terça-feira, 30 de agosto de 2016

Turnê "Corpo de Baile" - próximas paradas

Turnê “Corpo de Baile” – Edição Salvador (BA)

Por Valéria Nancí*

Há dias felizes e outros absurdamente inesquecíveis!!! 13 de maio de 2008: esse foi o dia exato que Mônica Salmaso passou com sua Turnê Noites de Gala, Samba na Rua no Teatro Castro Alves em Salvador (BA). Oito anos depois, eu disse 8 anos depois, ela voltou com uma turnê toda sua e, como se não bastasse, mais encantadora que nunca! Eis que, então, nos dias 27 e 28 de agosto de 2016 - após estrear em São Paulo e percorrer as cidades do Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte, com sucesso imenso de público e crítica - o espetáculo “Corpo de Baile”, com músicas de Guinga e Paulo César Pinheiro, enfim, chegou a Salvador, Bahia - terra "de todos o santos, encantos e axé”, parafraseando Moraes Moreira.
No dia 27 comprei a 1ª fila, porque há shows que têm que ser sentidos, saboreados, mergulhados, não só assistidos: e esse é um deles. A voz continua como num disco novo, limpo, intacto, tal qual o modo como fora soniglifado: “de cair o queixo”! Ok, acho que já disse de outras vezes que sou suspeita pra falar porque sou fã desde o ano 2000, mas vou ser “redundante-de-novo-novamente-sempre-eternamente”: que voz é essa minha gente?!!!! Não bastasse a "fascinante-melodia-sentimental-luxuosa" que sai daquela boca (e que nossos ouvidos agradecem), junta-se a isso músicos renomados que acompanham a cantora nesse lindo baile encorpado: Teco Cardoso (sax e flautas), Nailor Proveta (clarinete), Nelson Ayres (piano e acordeon), Paulo Aragão (violão), Neymar Dias (viola e contrabaixo) e o Quarteto de Cordas Carlos Gomes, formado por Cláudio Cruz (violino), Adonhiran Reis (2º violino), Gabriel Marin (viola) e Alceu Reis (violoncelo).
Cantora: ok! Músicos: ok! “Vídeo cenário: ok! Ok???? Vídeo cenário, ok??? Isso mesmo, um “vídeo cenário” surreal, criado pelo cineasta Walter Carvalho, dá ao show ares de superprodução. Mas, não é uma superprodução pirotécnica, com leds subindo e descendo, é uma espécie de “singeleza grandiosa”, entende? Há um clima de maravilhamento que se faz assim que projeções de vídeos se lançam em direção à cantora e músicos. Uma tela transparente instalada na frente do palco onde são projetadas imagens contextualizadas às canções. É uma espécie de fusão "show-cores-linguagens". Não há nome/conceito para denominar “o-que-foi-aquilo” que vimos. Só sei que o show é tão brilhante que, ao final, enquanto Mônica atendia ao fãs no foyer do teatro, a cantora Virgínia Rodrigues fez questão de parabenizar a colega paulistana, pessoalmente, e Nana Caymmi o fez por telefone - para alegria todos que ali estavam: um momento único.
No dia 28 não resisti e retornei ao Teatro Castro Alves para ver a segunda noite de shows por aqui. Nesse dia me fiz mais plateia que “fã de gargarejo”. É engraçado quando se está nessa posição observar, com serenidade, as mais diversas reações de cada um: e dessa vez foi o que fiz! Havia grandes cantores/cantoras da Bahia ao meu lado encantadíssimos com o que viam/ouviam. Mas, o que me chamou atenção mesmo foi uma moça que não se movia – nem para aplaudir: não aplaudia uma musiquinha sequer. O show foi passando e eu intrigada continuava a lhe observar. Ao redor todos maravilhados, assobiando, com gritinhos de “maravilhosa”, enquanto o show prosseguia. Nas últimas músicas, a tal moça se mexeu e sussurrou para outra, apontando para o palco: “tô apaixonada”. É: ela estava mesmo apaixonada. Devia ser daquelas paixões arrebatadoras tipo “amor ao primeiro canto”, sabe? Te entendo, moça!!! – foi assim que aconteceu comigo há 16 anos! Entendi, naquele dia, o que o encantamento pode propiciar numa pessoa que aprecia boa música.
Quem não foi, não viu, nem sentiu, eu digo: vá, veja, sinta. Em CORPO DE BAILE Mônica Salmaso e sua trupe tiram nossas almas pra dançar juntinho: e eu dancei de rosto colado! _____________________________________________________ Fotos: Dani Gurgel

*Valéria Nancí é geógrafa, publicitária,escritora, louca por música, aficcionada por capas de discos, mestre em Desenho, doutoranda em Cultura e pesquisadora da obra de Mônica Salmaso!
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